Tirar a carta de condução é um marco daqueles: liberdade, independência e o mundo a abrir-se em quatro rodas. Logo a seguir, vem outra necessidade — fazer um seguro automóvel. E é aqui que muitos se perguntam: “E se puser o carro em nome dos meus pais? Fica mais barato, não?”
À primeira vista pode parecer um atalho inteligente. Mas cuidado: este truque tem mais curvas do que parece… e pode sair (bem) mais caro do que pensas.
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A solução “em nome dos pais” — e os riscos escondidos
Os jovens condutores compram um carro, mas colocam o seguro em nome do pai ou da mãe — e dizem à seguradora que são só “condutores ocasionais”.
O objetivo? Evitar o prémio elevado associado ao seguro para um jovem condutor, já que quem tem mais idade e mais anos de carta costuma ter um histórico que permite contratar um seguro mais barato. À superfície, tudo certo. Mas… e se houver um acidente?
Se fores tu o verdadeiro condutor habitual, mas estiveres só “em segundo plano” no contrato, há um problema: a seguradora pode recusar a cobertura total ou aplicar penalizações. Em casos mais graves, pode mesmo considerar que houve omissão de informação ou má-fé.
Em bom português? Fazer o seguro do carro para jovens em nome dos pais pode parecer uma poupança… mas é uma jogada arriscada.
Porque é que o seguro é mais caro para jovens?
Não é perseguição — é estatística.
Quem tem menos de 25 anos (ou menos de 2 anos de carta) é considerado condutor de risco acrescido. Não por má vontade, mas porque:
- Tem menos experiência na estrada;
- Reage com menos previsibilidade em certas situações;
- Estatisticamente, está envolvido em mais acidentes.
Por isso, as seguradoras ajustam os prémios. É uma forma de equilibrar o risco.
Mas atenção: isso não quer dizer que todos os jovens condutores paguem o mesmo. Há muitas formas de baixar o valor — e já lá vamos.
As consequências de “enganar” o seguro
Vamos ser diretos: simular que o condutor habitual é outra pessoa pode ter consequências sérias:
1. Recusa de pagamento em caso de acidente
Se houver um sinistro grave e a seguradora perceber que quem conduz o carro todos os dias afinal não era o condutor declarado… pode recusar cobrir os danos.
2. Indemnizações por tua conta
Já imaginaste teres de pagar uma reparação a terceiros do teu bolso, só porque o contrato não refletia a realidade?
3. Histórico de seguro manchado
O teu nome pode ficar com registo negativo, dificultando futuros seguros — ou tornando-os ainda mais caros.
4. Problemas legais
Em último caso, pode até ser considerado fraude ao seguro. Ninguém quer isso no currículo.
Alternativas para jovens condutores — sem esquemas
Felizmente, há formas inteligentes e transparentes de fazer um seguro automóvel para jovens que respeite as regras, proteja o teu carro e não arruíne a tua conta.
1. Escolher um carro com perfil “amigo do seguro”
Carros com menor potência, cilindrada reduzida e valor de mercado mais baixo tendem a ter seguros mais acessíveis. E a verdade é que também são mais seguros para quem está a ganhar confiança.
2. Fazer o seguro no próprio nome, com coberturas ajustadas
Optar por um plano com cobertura base no início pode ajudar a baixar o prémio. Mais vale ter proteção mínima real, do que uma proteção total que depois não cobre… porque o seguro não era teu.
3. Acumular histórico limpo desde cedo
Ao fazeres o seguro no teu nome, começas logo a criar o teu histórico de bom condutor. E isso traduz-se em bónus no futuro. Ou seja: o que hoje é mais caro, amanhã pode compensar.
Se passares anos a conduzir com o seguro em nome dos teus pais, quando fores fazer o teu seguro pela primeira vez, vais pagar como se fosse a primeira vez ao volante. Porque, para a seguradora, não existe historial em teu nome.
Conclusão
Se fores o condutor principal do carro, fazer o seguro em nome dos pais enquanto jovem condutor não é boa ideia.
O caminho mais curto nem sempre é o mais seguro. E quando se fala de seguros… a transparência compensa.
- O seguro automóvel para jovens é naturalmente mais caro, sim — mas isso não justifica atalhos arriscados.
- “Fazer o seguro do carro para jovem em nome dos pais” pode funcionar no papel, mas não protege a sério se algo correr mal.
- A melhor escolha? Começar com os pés bem assentes no acelerador: seguro no teu nome, com coberturas ajustadas e olhos postos no futuro.
Se quiseres saber se a tua cobertura automóvel é suficiente e quais são as tuas opções, temos outro artigo para ti.
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